Em janeiro de 2017, logo após o acidente fatal que nos motivou a publicar nas Redes Sociais nossa indignação com o descaso existente em relação ao enorme número de mortes em cachoeiras brasileiras, criamos essa hashtag com a intenção de identificar o tema central de nossas postagens, assim como de aglutinar postagens de terceiros, como é a função de qualquer hashtag.
Mas, além da função de hiperlink que direciona pesquisas temáticas, #cachoeirasseguras é também e principalmente, o resumo não só de nossa indignação, mas de nosso clamor por segurança em atividades na natureza. Segurança envolve a consciência de risco e as atitudes dos visitantes ou turistas, assim como a postura profissional dos responsáveis ou organizadores de parques naturais e lideranças de grupos, sejam elas profissionais ou não, que se dirigem a atividades na natureza.
Nossa primeira preocupação foi com fatalidades em cachoeiras no Brasil, mas, rapidamente, em contato com esta imensa realidade do Turismo de Aventura em nosso país, verificamos que não podemos arbitrariamente separar cachoeiras de trilhas, cachoeiras de rapel, cachoeiras de montanhismo, cachoeiras de canyoning, cachoeiras de rafting, cachoeiras de canoagem, cachoeiras de cascading, cachoeiras de tirolesa, cachoeiras de mergulhos, cachoeiras de férias e assim por diante, pois muitas dessas atividades recreativas (não tratamos dos esportes) são realizadas em cachoeiras ou terminam em visitas a cachoeiras como fechamento dos pacotes turísticos ou das atividades particulares realizadas na natureza. Principalmente o binômio cachoeira/trilha é inseparável na maioria dos casos.
Sendo assim, deixamos claro que #cachoeirasseguras se refere a perigos em cachoeiras, riscos em atividade recreativas na natureza, clamor por conscientização de risco e segurança nessas atividades por parte da população, pela necessidade de mais informação sobre procedimentos de segurança em parques públicos e privados, pela melhoria da legislação referente à segurança humana nesses locais, pela profissionalização e qualidade dos profissionais que oferecem esses serviços, pela criação de bancos de dados ou estatísticas referentes a acidentes e fatalidades nessas atividades para que sirvam de dados para análise e desenvolvimento de projetos de segurança, pela fiscalização do cumprimento de leis já existentes que garantem que riscos desnecessários sejam evitados, pela valorização das equipes, públicas e privadas, em atuação em resgates hoje no Brasil.
Se você tem uma história para contar referente a qualquer desses temas acima, use a hashtag #cachoeirasseguras e junte-se a nós neste esforço por clareza quanto a segurança e risco em atividades na natureza ou oferecidas no setor de Turismo de Aventura.
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